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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Ciclo Escritoras Kamikazes

Adélia Prado, Alice Ruiz, Ana Cristina César, Emily Dickinson, Inês Pedrosa, Katherine Mansfield, Maria Teresa Horta e Sylvia Plath: escritoras que foram suicidas seja em suas obras, seja na vida real, ou em ambos os casos. Mas suas vozes particulares e universais, seu profundo envolvimento com as palavras, tudo isso continua vivo.
Pela importância dessas mulheres e de suas obras, o professor Rodrigo Barata ministra a partir de hoje o ciclo Escritoras Kamikazes, que vai tratar dos livros, analisar os seus estilos e divulgar a biografia de cada uma. O primeiro encontro, sobre Adélia Prado, acontece hoje, às 19h, no Instituto de Psicologia da Amazônia (Sendú).
O curso é voltado a estudantes de Letras e Psicologia, mas também a amantes da poesia. Dentre elas, diz Rodrigo, não houve nenhuma que não tivesse se arriscado, profanado normas, erotizado dogmas, fugido aos padrões. “Nem todas se suicidaram realmente, mas elas cometeram outros tipos de suicídio”, diz Rodrigo Barata. Para ele, Emily Dickinson é uma das mais marcantes. “Ela cometeu um suicídio social: passou 30 anos isolada, sem falar com ninguém. Mesmo assim, as obras dela foram publicadas”, comenta. No caso da Maria Teresa Horta, o suicídio se deu quando ela decidiu expor sua intimidade por meio das poesias.
“Ela era extremamente erótica, muitas vezes até pornográfica. Maria Teresa só não foi apedrejada, mas foi bastante recriminada pela sociedade da época”. Outra que também sofreu por falar de sua intimidade foi Adélia Prado. “Ela era uma singela dona-de-casa, que morava no interior de Minas Gerais e que escrevia sobre amor, sexo e religiosidade”.
Para maiores informações: 3222-0038.

Texto extraído hoje do site - http://www.diariodopara.com.br/noticiafull.php?idnot=36810

Um comentário:

Claudia disse...

Perdi! EU vou me matar!