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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

1º Prêmio Proex de Literatura

A Confraria d'A Cova dos Poetas estará lá, prestigiando o evento. 
   


PREMIADOS

CATEGORIA: POESIA


CLASSIFICAÇÃO NOME

1º LUGAR Josiclei de Souza Santos
2º LUGAR Ivanes Lian Costa Araújo
3º LUGAR Reinaldo Silva Santana
4º LUGAR Carlos Alberto Corrêa Dias Júnior
5º LUGAR Tércio Heitor de Sousa Moreira
PUBLICAÇÃO Abílio Pacheco de Souza
PUBLICAÇÃO Giselle Corrêa Alves
PUBLICAÇÃO Antônio Eurico Barbosa da Silva
PUBLICAÇÃO Thiago da Cunha Nascimento
PUBLICAÇÃO Jorge Luis Ribeiro dos Santos
PUBLICAÇÃO Raphael Gomes
PUBLICAÇÃO Fabrício Gean Lopes Guedes
PUBLICAÇÃO André Luis Valadares de Aquino
PUBLICAÇÃO Francisco Ewerton Almeida dos Santos
PUBLICAÇÃO Esther Mirian Cardoso Mesquita
PUBLICAÇÃO Ricardo Bezerra Sampaio
PUBLICAÇÃO Ana Lia Magno Reis
PUBLICAÇÃO Silvane dos Passos Barbosa
PUBLICAÇÃO Daniel Prestes da Silva
PUBLICAÇÃO Inaê de Brito Albuquerque Nascimento

CATEGORIA: CRÔNICA

CLASSIFICAÇÃO NOME

1º LUGAR Jorge Domingues Lopes
2º LUGAR Jeniffer da Silva Abreu
3º LUGAR Abilio Pacheco de Souza
PUBLICAÇÃO Bárbara da Fonseca Palha
PUBLICAÇÃO Jorge Luis Ribeiro dos Santos
PUBLICAÇÃO Raphael Gomes
PUBLICAÇÃO Fabrila de Cássia Silva da Rocha
PUBLICAÇÃO Jéssica de Souza Carneiro
PUBLICAÇÃO Wilson Max Costa Teixeira
PUBLICAÇÃO Adriano Wilkson Vieira Fernandes
PUBLICAÇÃO César Augusto Martins de Souza
PUBLICAÇÃO Jamile Santos Lago
PUBLICAÇÃO Adriano Eduardo Costa de Figueiredo
PUBLICAÇÃO Rosiris Lopes Rodrigues Mendes
PUBLICAÇÃO Otto (pseudônimo)

CATEGORIA: CONTO

CLASSIFICAÇÃO NOME
1º LUGAR Jorge Fernando Negrão de Lemos
2º LUGAR João Pereira Loureiro Júnior
3º LUGAR Adriano Wilkson Vieira Fernandes
PUBLICAÇÃO Devison Amorim do Nascimento
PUBLICAÇÃO Antônio Maurício Dias da Costa
PUBLICAÇÃO Arthur da Costa Almeida
PUBLICAÇÃO Adelaide Maria Assunção de Miranda
PUBLICAÇÃO Paulo Roberto da Costa Sá
PUBLICAÇÃO Francisco Ewerton Almeida dos Santos
PUBLICAÇÃO Jorge Luis Ribeiro dos Santos

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

LIVRO: Meneghetti o gato dos telhados



Pegaram o Meneghetti! 
Folha de S. Paulo - Fabio Victor

Histórias do "bom ladrão" italiano que assombrou e fascinou SP no século 20 são relembradas em livro lançado hoje

Em 4 de junho de 1926, São Paulo parou para ver a polícia perseguir Gino Meneghetti, àquela altura já uma lenda como ladrão. O cerco começou de madrugada, na região da atual cracolândia, e durou dez horas. Mobilizou 200 policiais e uma plateia de milhares de pessoas pelas ruas do centro.

O quarteirão entre as ruas Santa Ifigênia, Vitória, dos Andradas e dos Gusmões foi todo cercado. Na troca de tiros, um delegado foi morto. Meneghetti pulou pelos telhados e se escondeu nos quintais, até se entregar, extenuado, após uma moradora descobrir que estava encolhido em seu forro.

O episódio cinematográfico é relatado em detalhes no livro 
Meneghetti, o Gato dos Telhados, do jornalista e escritor Mouzar Benedito, que será lançado hoje, a partir das 19h, na Livraria da Vila da rua Fradique Coutinho, Vila Madalena. Não haveria lugar mais apropriado. Ali, na casa onde funciona o escritório da livraria, Meneghetti foi preso pela última vez, aos 92 anos, com uma talhadeira, um martelo e uma lanterna, acusado de tentar arrombar o portão, o que negou.

Com 92 anos -vale repetir-, acabou liberado pelo delegado. No local há uma placa lembrando o derradeiro rolo do ladrão, que morreria em 1976, aos 98.

Meneghetti, italiano que chegara ao Brasil em 1913, aos 35 anos, já procurado por extensa ficha corrida em seu país e na França, viveu no célebre "cerco da rua dos Gusmões" um dos pontos altos de sua celebridade no Brasil. Começou afanando frutas e galinhas na Pisa natal. Aqui, se especializou em roubar joias e mansões de milionários, jamais os de poucas posses. Deixava bilhetes pirracentos para os ricaços, reclamando da qualidade dos produtos. Por cartas aos jornais, desafiava a polícia.

Foi preso incontáveis vezes, fugiu "pelo menos 17", segundo ele mesmo calculou. Gabava-se de jamais ter matado alguém, o que é controverso. Foi acusado pela morte do delegado no cerco de 1926, o que negava. A perícia suscitou a hipótese de que fogo da polícia tenha causado a morte.
Fascínio 
"Qual o criminoso simpático em São Paulo hoje?", questiona o historiador Boris Fausto. "Não há. Meneghetti roubava os ricos, sofreu maus tratos na prisão, era anarquista. Tudo isso compunha um tipo simpático. Ele é único neste sentido."

Fez fama por todo o país. "Menino, no interior de Minas, eu ouvia falar de Meneghetti. Quem tem mais de 40 anos tem fascinação por ele", diz Mouzar Benedito, 63, autor do perfil a ser lançado hoje.

A aura de ladrão querido o tornou objeto de outros livros, como o esgotado 
Vida de Meneghetti: Memórias, depoimento a M.A. Camacho; O Incrível Meneghetti, de Paulo José da Costa Jr., que por anos foi advogado do bandido; O Lendário Meneghetti, de Célia de Bernardi, e O Grande Ladrão, de Renato Modernell.

O de Benedito compila muitas informações dos anteriores, acrescenta poucas novas, traz fotos e uma história em quadrinhos de Luiz Gê sobre o ladrão, publicada originalmente em 1976 no jornal 
Versus. Foi nela que o cineasta Beto Brant se baseou para fazer o curta D'ove, Meneghetti(1989), raro tributo do cinema a um personagem tão cinematográfico.

"Não é que ele fosse charmoso e romântico; ele era um imigrante italiano anarquista, e foi isso que me pegou", diz Brant, que admite a influência do "bom ladrão" na sua obra. Meneghetti viveu entre a realidade e o mito, e ainda hoje é difícil distinguir um de outro. Seja por incúria investigativa ou por querer deliberadamente jogar com a confusão, o perfil biográfico que sai hoje não consegue fazer o filtro.

Será o 22º livro de Benedito, que escreveu 
1968, Por Aí... -Memórias Burlescas da Ditadura e João do Rio, 45, entre outros. Ele é fundador da Sosaci (Sociedade dos Observadores de Saci) e lidera campanha para que a figura fantástica de uma perna só seja a mascote da Copa de 2014 no Brasil. Como se vê, é um autor com fascínio por lendas.


MENEGHETTI, O GATO DOS TELHADOS
Autor: Mouzar Benedito
Editora: Boitempo
Quanto: R$ 29 (136 págs.) 

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Waly Salomão

Amante da Algazarra


Não sou eu quem dá coices ferradurados no ar.
É esta estranha criatura que fez de mim seu encosto.
É ela !!!
Todo mundo sabe, sou uma lisa flor de pessoa,
Sem espinho de roseira nem áspera lixa de folha de figueira.

Esta amante da balbúrdia cavalga encostada ao meu sóbrio ombro
Vixe!!!
Enquanto caminho a pé, pedestre -- peregrino atônito até a morte.
Sem motivo nenhum de pranto ou angústia rouca ou desalento:
Não sou eu quem dá coices ferradurados no ar.
É esta estranha criatura que fez de mim seu encosto
E se apossou do estojo de minha figura e dela expeliu o estofo.

Quem corre desabrida
Sem ceder a concha do ouvido
A ninguém que dela discorde
É esta
Selvagem sombra acavalada que faz versos como quem morde.



Waly Salomão




Devenir, devir


Término de leitura
de um livro de poemas
não pode ser o ponto final.

Também não pode ser
a pacatez burguesa do
ponto seguimento.

Meta desejável:
alcançar o
ponto de ebulição.

Morro e transformo-me.

Leitor, eu te reproponho
a legenda de Goethe:
Morre e devém

Morre e transforma-te.   


Waly Salomão



"Minha meta é transformar o livro numa carta de alforria."